Triplex, Sala A, Palacete Viscondes de Balsemão, Porto
(Constelações)
O present continuous é uma conjugação verbal (tense) que combina o tempo presente com a dimensão de continuidade. Sob este mote, PRESENT CONTINUOUS é uma itinerância que resulta do cruzamento entre projetos apresentados na última edição da Bienal Ibero-Americana de Design (BID’24) e o tema da atual Porto Design Biennale. É uma ação desde logo protocolar, assinalando o encontro entre dois eventos que partilham preocupações e aqui desenham uma nova forma de colaboração.
Apresentam-se projectos levados à BID’24 que apontam para a dimensão coletiva, na sua amplitude ecológica, humanista e política, relacional e afetiva, pública e poética. Correspondem a intervenções que, na sua maioria, envolvem grupos, movimentos ou associações. Muitos resultam de experiências participadas e implicam estratégias de cocriação. Refletem e atuam sobre o território, considerando as pessoas que o habitam, a natureza que o constitui, as questões que manifesta. Ao chamá-los a este tempo e a este lugar, esperamos ampliar o seu alcance e contribuir para a sua permanência e potência generativa.
PRESENT CONTINUOUS divide-se em três secções: CAUSAS agrupa projetos organizados em torno de uma ideia, valor ou fenómeno particular, da emergência climática ao papel da arte na transformação comunitária, COMUNIDADES reúne experiências agregadoras em torno de projectos socioculturais e COISAS refere-se a objetos que, recusando lógicas extrativistas, forjam novas relações de significado. Mas mais do que separar em categorias necessariamente porosas, a que recorremos para maior clareza, importa festejar o encontro, sublinhar o comum e resistir em conjunto.
Helena Sofia Silva é docente e investigadora em design. É licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da UP e mestre em Design e Cultura Visual pela ESAD, onde leciona temas relacionados com história e teoria do design. O seu trabalho de investigação centra-se em expressões gráficas de protesto em Portugal, a partir do Arquivo Ephemera.
Autora de Design Português – 1980/1999 (2015), colaborou nas monografias dedicadas a João Machado e Francisco Providência (2016). Com este último fez a curadoria da exposição inaugural da Casa do Design, Burilada | Arte-factos para a sobrevivência, em 2016.
Foi curadora, com José Pacheco Pereira, da exposição O que faz falta é agitar a malta (2018), projeto selecionado na categoria Investigación y Diseño da BID 18. Participou na primeira edição da Porto Design Biennale em 2019 com a exposição Que Força é Essa. Deste projecto resulta a edição de Que força é essa. Protesto e participação democrática em Portugal (2019) e contribuições em Imagem no Pós-Milénio – Mediação, Processo e Tensão Crítica (2021) e Páginas Inquietas. Sobre documentos insubmissos. (2019).
Integra a equipa do Studio Eduardo Aires, no Porto.
Helena Sofia Silva é docente e investigadora em design. É licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da UP e mestre em Design e Cultura Visual pela ESAD, onde leciona temas relacionados com história e teoria do design. O seu trabalho de investigação centra-se em expressões gráficas de protesto em Portugal, a partir do Arquivo Ephemera.
Autora de Design Português – 1980/1999 (2015), colaborou nas monografias dedicadas a João Machado e Francisco Providência (2016). Com este último fez a curadoria da exposição inaugural da Casa do Design, Burilada | Arte-factos para a sobrevivência, em 2016.
Foi curadora, com José Pacheco Pereira, da exposição O que faz falta é agitar a malta (2018), projeto selecionado na categoria Investigación y Diseño da BID 18. Participou na primeira edição da Porto Design Biennale em 2019 com a exposição Que Força é Essa. Deste projecto resulta a edição de Que força é essa. Protesto e participação democrática em Portugal (2019) e contribuições em Imagem no Pós-Milénio – Mediação, Processo e Tensão Crítica (2021) e Páginas Inquietas. Sobre documentos insubmissos. (2019).
Integra a equipa do Studio Eduardo Aires, no Porto.
Promovidos pela Porto Design Biennale, os Happisodes são projetos de codesign entre designers, comunidades e municípios que materializam, no Porto e em Matosinhos, a alegria de reconhecer coletivamente que o presente pode ser reimaginado. São processos vivos, habitados, onde o design dá forma ao comum.
A publicação é parte fundamental da Porto Design Biennale, procurando transmitir, através da editoração e materialidade dos livros e catálogos, o conceito e a curadoria dos projetos.
Os projetos acolhidos neste eixo de programação são projetos independentes e autónomos em termos de curadoria, financiamento e produção que estabelecem diálogos com o tema desta edição.